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Síndrome de Down




Imagem de uma criança com necessidades especiais

História

A síndrome de Down é uma alteração genética presente na espécie humana desde sua origem. Foi descrita como tal há 150 anos, quando John Langdon Down, em 1866, se referiu a ela pela primeira vez como um quadro clínico com identidade própria. Desde então tem-se avançado em seu conhecimento, ainda que existam mecanismos íntimos a descobrir. Em 1958, o francês Jérôme Lejeune e a inglesa Pat Jacobs descobriram de maneira independente a origem cromossômica da síndrome. Foi quando ela passou a ser considerada uma síndrome genética.

A síndrome de Down é a primeira causa conhecida de incapacidade intelectual, representando aproximadamente 25% de todos os casos de atraso intelectual, traço presente em todas as pessoas com a síndrome.


O que é ?

Esta condição geralmente acontece ao acaso. Na maioria das vezes, por algum motivo que ainda desconhecemos, o óvulo ou o espermatozoide carrega um cromossomo 21 a mais e aí, na hora que eles se juntam e formam o embrião, o bebê nasce com 47 cromossomos em suas células. Esta é a forma mais comum de ter SD (aproximadamente em 95% dos casos) e é chamada de Trissomia simples ou livre. As outras formas (translocação e mosaicismo) são mais raras. O exame que dá a certeza do diagnóstico é o cariótipo e pode ser realizado durante a gestação (quando analisamos as células do feto) ou após o bebê nascer, quando a análise é feita nas células do sangue.

A Síndrome de Down é uma condição genética causada pela presença de um cromossomo 21 extra. Isso pode acontecer de três maneiras:

• Trissomia 21: a pessoa tem 47 cromossomos no total, em vez de 46.

• Translocação: um pedaço do cromossomo 21 se liga a outro cromossomo.

• Mosaicismo: algumas células do corpo têm 46 cromossomos e outras 47.



Imagem de uma criança com necessidades especiais

Orientação de tratamento

O tratamento da Síndrome de Down é focado no desenvolvimento pleno da pessoa, com acompanhamento multidisciplinar, incluindo:

• Fisioterapia: para fortalecer músculos e melhorar a coordenação motora.

• Fonoaudiologia: para auxiliar no desenvolvimento da fala e da linguagem.

• Terapia ocupacional: para desenvolver habilidades motoras finas e de autonomia.

• Psicologia: para auxiliar no desenvolvimento emocional e social.

• Educação especial: para garantir o acesso à educação e ao aprendizado.



Principais características

As pessoas com Síndrome de Down podem apresentar algumas características físicas em comum, como:

• Olhos oblíquos e orelhas pequenas.

• Fissura palpebral oblíqua.

• Língua grande e protrusão da língua.

• Hipotonia (baixo tônus muscular).

• Mãos e pés pequenos.

• Prega palmar única.


Cuidados e orientações

Bebê - Idade: Zero - 1 ano

Imagem de um bebê com necessidades especiais

Exames:

• Exame para ver como está a tireoide;

• Hemograma para ver as células do sangue;

• Cariótipo para ver os cromossomos;

• Caso necessário, fazer ecocardiograma para ver a imagem do corção;

• Exame de olhos;

• Exame de ouvidos;


Orientações:

• Estimular movimentos do corpo;

• Cuidar da posição do pescoço;

• Ser amamentado;

• Tomar vacinas.


Criança - Idade: 1 - 11 anos

Imagem de uma criança com necessidades especiais

Exames:

• Exame para ver como está a tireoide;

• Hemograma pra ver as céculas do sangue;

• Caso necessário, fazer ecocardiograma para ver a imagem do coração;

• Exame de olhos;

• Exame de ouvidos;

• Raio X da coluna


Orientações:

• Cuidar da posição do pescoço;

• Fazer atividade física;

• Ter uma alimentação saudável

• Estudar;

• Tomar vacinas;

• Estar em contato com outras pessoas;

• Tentar fazer sozinho tudo que for possível.


Adolescente - Idade: 12 - 18 anos

Imagem de um adolescente com necessidades especiais

Exames:

• Exame para ver como está a tireoide;

• Hemograma pra ver as céculas do sangue;

• Caso necessário, fazer ecocardiograma para ver a imagem do coração;

• Exame de olhos;

• Exame de ouvidos;

• Raio X da coluna

• Exames para ver a quantidade de açúcar e gorduras no sangue;

• Na mulher, fazer exame ginecológico.


Orientações:

• Cuidar da posição do pescoço;

• Fazer atividade física;

• Ter uma alimentação saudável

• Estudar;

• Tentar fazer sozinho tudo que for possível.

• Observar se está dormindo bem (Pode estar ocorrendo apneia do sono);

• Ter cuidados para não engravidar ou pegar doenças que são transmitidas ao fazer sexo;

• Ficar atento a abusos sexuais.


Adulto - Idade: 19 - 40 anos

Imagem de um adulto com necessidades especiais

Exames:

• Exame para ver como está a tireoide;

• Hemograma pra ver as céculas do sangue;

• Caso necessário, fazer ecocardiograma para ver a imagem do coração;

• Exame de olhos;

• Exame de ouvidos;

• Raio X da coluna

• Exames para ver a quantidade de açúcar e gorduras no sangue;

• Na mulher, fazer exame ginecológico.


Orientações:

• Cuidar da posição do pescoço;

• Fazer atividade física;

• Ter uma alimentação saudável

• Trabalhar;

• Tentar fazer sozinho tudo que for possível.

• Observar se está dormindo bem (Pode estar ocorrendo apneia do sono);

• Ter cuidados para não engravidar ou pegar doenças que são transmitidas ao fazer sexo;


Idoso - Idade: 40 anos e mais velhos

Imagem de um idoso com necessidades especiais

Exames:

• Exame para ver como está a tireoide;

• Hemograma pra ver as céculas do sangue;

• Caso necessário, fazer ecocardiograma para ver a imagem do coração;

• Exame de olhos;

• Exame de ouvidos;

• Raio X da coluna

• Exames para ver a quantidade de açúcar e gorduras no sangue;


Orientações:

• Cuidar da posição do pescoço;

• Fazer atividade física;

• Ter uma alimentação saudável

• Trabalhar;

• Tentar fazer sozinho tudo que for possível.

• Observar se está dormindo bem (Pode estar ocorrendo apneia do sono);

• Observar se você está esquecendo muitas coisas.


Imagem de um jovem com necessidades especiais

Benefícios dos Exercícios e Brincadeiras

Melhora a saúde física: Fortalece músculos e ossos, aumenta a flexibilidade, coordenação e resistência, melhora o equilíbrio e a postura, ajuda a controlar o peso e reduz o risco de doenças crônicas como doenças cardíacas, diabetes e osteoporose.

Promove o desenvolvimento cognitivo: Estimula o aprendizado, a memória, a atenção e a resolução de problemas.

Melhora a saúde mental: Reduz o estresse, a ansiedade e a depressão, aumenta a autoestima e a confiança, promove o bem-estar emocional e social.

Desenvolve habilidades sociais: Estimula a interação com outras pessoas, o trabalho em equipe e a comunicação.

Aumenta a independência: Fortalece as habilidades motoras finas e grossas, o que pode ajudar nas atividades da vida diária.

Recomendações por Idade:

Crianças:

0-2 anos: Brincadeiras sensoriais, exploração do ambiente, atividades motoras básicas como engatinhar e andar.

2-5 anos: Brincadeiras com bola, jogos de construção, atividades de dança e música, natação.

5-12 anos: Esportes individuais e em equipe, atividades ao ar livre, brincadeiras criativas e imaginativas.

Adolescentes:

12-18 anos: Esportes competitivos, atividades de fitness, yoga, artes marciais, programas de treinamento de força e resistência.

Adultos:

19-64 anos: Exercícios aeróbicos, atividades de força, alongamentos, yoga, pilates, dança, esportes adaptados.

Idosos:

65+ anos: Caminhadas, exercícios aquáticos, tai chi, atividades de baixo impacto que promovam a flexibilidade e o equilíbrio.

Orientações Gerais:

Consulta médica: É importante consultar um médico antes de iniciar qualquer programa de exercícios ou brincadeiras, especialmente para pessoas com SD que podem ter condições de saúde específicas.

Individualização: As atividades devem ser escolhidas de acordo com as habilidades, interesses e nível de condicionamento físico da pessoa.

Progressão gradual:Comece com exercícios e brincadeiras de menor intensidade e aumente gradualmente a duração e a dificuldade à medida que a pessoa se fortalece.

Diversão: O mais importante é que a pessoa se divirta e se sinta motivada a participar das atividades.

Suporte e incentivo: É importante oferecer apoio e incentivo à pessoa com SD, ajudando-a a superar desafios e alcançar seus objetivos.


Planejamento de Rotina para Pessoas com Síndrome de Down

Observação importante: Este plano de rotina é apenas um exemplo e deve ser adaptado às necessidades e preferências individuais de cada pessoa com Síndrome de Down. É fundamental consultar um médico ou outro profissional de saúde qualificado para obter orientação personalizada.

Manhã:

7h00: Acordar, levantar da cama e ir ao banheiro.

7h30: Higiene pessoal: escovar os dentes, lavar o rosto e pentear o cabelo.

8h00: Café da manhã: uma refeição nutritiva e balanceada.

8h30: Atividade física: exercícios leves, alongamentos ou caminhada.

9h30: Estimulação cognitiva: jogos, atividades de leitura ou escrita.

10h30: Atividade social: interação com familiares, amigos ou participação em grupos.


Tarde:

12h00: Almoço: uma refeição saudável e saborosa.

13h00: Descanso: cochilo, leitura ou tempo livre para relaxar.

14h00: Terapia ocupacional: atividades que desenvolvem habilidades motoras finas e grossas, coordenação e independência.

15h00: Fisioterapia: exercícios para fortalecer músculos, melhorar a flexibilidade e o equilíbrio.

16h00: Atividade ao ar livre: brincadeiras no parque, caminhada ou jardinagem.

Noite:

18h00: Jantar: uma refeição leve e nutritiva.

19h00: Atividade relaxante: banho, leitura ou música.

20h00: Preparação para dormir: vestir pijama, escovar os dentes e se deitar na cama.

21h00: Dormir: sono reparador e de qualidade.

Imagem de um jovem com necessidades especiais

Recomendações Adicionais:

Manter a rotina consistente: É importante seguir a rotina o máximo possível, mesmo nos finais de semana e feriados. Isso ajuda a criar um senso de previsibilidade e segurança para a pessoa com Síndrome de Down.

Flexibilidade: É importante ser flexível e adaptar a rotina às necessidades da pessoa. Se a pessoa estiver cansada ou com dor, por exemplo, pode ser necessário ajustar o horário das atividades.

Recompensas e incentivos: Utilize recompensas e incentivos positivos para motivar a pessoa a participar das atividades. Isso pode incluir elogios, adesivos, guloseimas ou atividades favoritas.

Comunicação: Mantenha uma comunicação aberta e honesta com a pessoa sobre a rotina. Explique o que vai acontecer a cada dia e responda às suas perguntas e preocupações.

Paciência e amor: Tenha paciência e amor com a pessoa durante todo o processo. Lembre-se que cada pessoa aprende e se desenvolve em seu próprio ritmo.